sábado, 13 de fevereiro de 2016

RatResenha: Star Wars - Marcas da Guerra

Olá guerreiros estelares! Eu sou Ratman e hoje vou falar de STAR WARS: Marcas de Guerra - escrito por Chuck Wendig, traduzido por André Gordirro e Guilherme Kroll e lançado pela editora Aleph aqui no Brasil.




Resumo da história: Essa história se passa depois do episódio 6 e antes do episódio 7, ou seja, um ‘’6.1’’.
Neste livro, o primeiro de uma trilogia, nosso querido escritor Chuck Wendig nos conta os acontecimentos pós-guerra no planeta Akiva, onde secretamente o Império juntou os últimos principais generais, moffs e almirantes para decidir o que fazer com o Império Galáctico após a morte do Imperador.


A trama principal segue os personagens Norra Wexley, piloto da Nova República que havia se juntado a Aliança Rebelde para tentar encontrar seu marido Bretin, que foi preso pelo Império;






O independente Temmin Wexley, 15 anos. Se sente abandonado pela mãe, ganha a vida vendendo mercadorias de segunda mão e reparando droides;



Sr Ossudo - antigo droid separatista. Foi reparado por Temmin. E reprogramado com movimentos do general Grievous, de artes marciais e danças;



Jas Emari, (minha preferida) caçadora de recompensas, da espécie Zabrak (a mesma do Darth Maul), sobrinha da Sugi, que apareceu em Clone Wars;



Sinjir Rath Velus, ex-agente de lealdade do Império, sobrevivente da 2a estrela da morte em Endor, vive uma pequena crise de identidade;



e nosso nostálgico Wedge Antilles, piloto e comandante do esquadrão rebelde, capturado pela fria e calculista


Almirante Rae Sloane, que reune os últimos chefes do antigo Império.


Eu gostei muito do livro, eu achei q ele tem uma narrativa leve de ler, fácil. Flui bastante. E os capítulos são bem curtinhos, quase todos tem menos de 10 páginas.


Outra coisa legal são os interlúdios - primeira vez que vejo isso num livro -, que depois de quase todo capítulo, contam micro histórinhas não relacionadas a trama principal, que variam desde a gravação de um programa jornalístico em Chandrilla, até o jantar de uma família dividida por ideais políticos (que é minha histórinha preferida).


Olha que bonito, o livro é dividido em 4 partes, cada parte tem uma imagem, como se fosse uma subcapa.


Outra coisa legal é que cada interlúdio, há 2 páginas pretas, com estrelas (o que é legal, apesar das estrelas serem quadradas! e não redondas).


Antes de ler esse livro, eu achava que espaçamento grande entre linhas era frescura e um jeito de engrossar o livro. Mas lendo os primeiros parágrafos do Marcas da Guerra, que tem um espaçamento grande, eu percebi que realmente é mais confortável, isso elimina aquela confusão visual de quando você vai mudar de linha, sabe? Quando você vai ler a linha de baixo e sem querer lê a  mesma linha de novo? Então, com espaçamento grande isso não me aconteceu nenhuma vez no livro todo.


Uma coisa muito bacana que aconteceu no livro foi na pg 306, quando Temmin abriu uma caixa valiosa que ele roubou da máfia Akivana, e lá ele encontra itens com um brilho azul. Isso te lembra alguma coisa? Pode ser ou não, mas pra mim é uma referência aos filmes do Tarantino, que sempre tem uma maleta com itens azuis e brilhantes dentro.


Um acontecimento interessante é num interlúdio que uma mulher pálida acompanhada de 2 encapuzados compram um sabre-de-luz vermelho, que possivelmente pertenceu a Darth Vader. O grupo se chama de “Acólitos do Além”. Caaara, isso me fez pensar, quem serão esses caras? Remanescentes dos inquisidores? Os futuros Cavaleiros de Ren?
Mas perceba o nome: “Acólitos do Além”
Acólito = seguidores
Além = ? o que está além? Os mortos? Um morto: Darth Vader.
ou seja, seguidores de Darth Vader



COISAS QUE NÃO GOSTEI NO LIVRO


Então, tem uma personagem que o Chuck descreve que morrreu em 2 ocasiões. Na primeira é até bacana, eu adoro quando um personagem principal morre, transmite verossímilhança, faz a gente a acreditar e imergir mais na história. Mas no capítulo seguinte mostra que a personagem não morreu de fato, se salvou no úlitmo minuto.
Você até pode afirmar, ‘’ah, mas quase toda história tem algum personagem que se safa no último minuto, isso não é grande coisa’’. De fato, eu concordo com essa ideia. O problema é o próprio escritor deixa claro no livro. “Fulano morreu” - ele escreve a palavra morte. Ou seja, ele mente pro leitor e capítulo seguinte ele desmente o ocorrido.
Na minha opinião, isso é um mega problema, porque aí o leitor pode começar a duvidar de tudo que tá escrito, porque o escritor mentiu.
E o Wendig ainda faz isso 2 vezes. Na 2a vez que ele fala q o ‘’fulano’’ morreu, vc já sabe que é mentira.


Outra coisa estranhinha é que o famigerado “Há muito tempo atrás, numa galáxia muito, muito distante….” vem depois do título Star Wars. E deveria ser antes, pra combinar com tipo, TODAS as outras obras de star wars que já vi.


Outra coisa que não me agradou muito é que o escritor não descreve direito a aparência de personagens. Ele dita uma ou outra característica e mais nada. O personagem mais bem descrito é o Sr Bones - que foi o personagem que o pessoal mais gostou, talvez por ser bem descrito.


A ilustração da capa eu achei bem fraquinha, sem graça.


Eu achei bacana e caprichoso ter um desenhenhinho em todo início de capítulo, mas não gostei do desenhenhinho escolhido. Acho que seria mais condizente com a história se fosse outro símbolo, como o da Nova República ou do Impréio Galáctico.


No topo de todas as páginas está escrito Marcas da Gerra e Chuck Wendig. O que é bem desnecessário. Ajudaria o leitor se mostrasse o número do capítulo, pra ficar mais fácil de achar quando a gente tá lendo e fecha o livro sem querer.


As falas do Mr Bones/sr ossudo estão em MAIÚSCULA, o que dá impressão de que ele tá sempre gritando, mas o livro descreve essa fala como sendo monótona e defeituosa. O que me dava um nó na cabeça sempre que eu tentava imaginar uma fala monótona com um tom de gritaria.


Em um dos capítulos o mesmo personagem ora é mencionado com Cobb Vanth, ora como Cobb Vance. Erro de digitação.


Sobre a tradução: Eu não li a versão original em inglês, mas uma ou outra coisinha me deixou incomodado. A começar pelo título - “Aftermath” ficou como “Marcas da Guerra”, eu achei que o título não é tão condizente assim com o original. Aftermath ao pé da letra significa “Depois da colheita” mas é usado como sinônimo de Consequência ou Resultado, que eu pessoalmente acharia mais legal, porque fica mais metafórico e simbólico. Mas isso é um detalhe.
Uma que me incomodou mais foi que “Mr Bones” virou “Sr Ossudo” - o ideal seria Sr Ossos, que combina mais com o personagem, já que ele usa ossinhos pendurados pelo corpo, e não é um ossão só.
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Spoilers - daqui em diante revelarei informações importantes referentes ao final do livro e desfecho da trama, leia por sua conta e risco: O final do livro foi bem previsível, fimzinho feliz pra todo mundo. Mas o epílogo foi muuito bom. Aqui a gente é apresentado a um almirante que ficou na surdina, que no desenrolar da história é referido só como “ele”. E fica a especulação: Quem é “ele”? O diabo das meninas superpoderosas? Pode ser a Disney introduzindo o almirante Thrawn na linha Canon. Pode ser o Snoke, mas acho improvável. Eu acho que é um novo personagem que só vai aparecer nos próximos 2 livros da trilogia Aftermath e ficar por isso mesmo.

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VEREDITO

Bom, Essa foram minhas opiniões sobre Star Wars Marcas da Guerra. Um livro grande, porém leve e divertido de se ler. Como um filme da sessão da tarde. Por isso tudo que eu disse, dou 3 estrelas para o livro. Leitura recomendável pra quem curte Star Wars, pra quem tá começando a ler livros mais groços, e quem curte uma aventura. Muito bom pra começar no Universo Expandido de livros de Star Wars.

Editora aleph, tá de parabéns, e se quiser mandar Star Wars pra gente, eu leio e resenho aqui.

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Muito obrigado pela leitura, até breve e que a força esteja com você!